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Conto Filosófico 4º Ano_2018/2019



Uma Aventura Filosófica



Tinham terminado as férias grandes de Verão, os irmãos Isabel e Miguel estavam de regresso às aulas. Neste ano letivo esperavam-lhes muitas novidades, uma delas era uma nova disciplina chamada “Filosofia”. Os dois irmãos como eram muito curiosos ficaram entusiasmados e expectantes com a nova disciplina que iam ter, mas muitas eram as dúvidas.

- O que é a Filosofia? (perguntou a Isabel)

- Eu tenho tantas dúvidas como tu (respondeu o Miguel)

No primeiro dia de aulas eles chegaram à sala e perguntaram aos colegas se sabiam o que era Filosofia. Os colegas também não sabiam o que era, mas também não se mostraram curiosos nem interessados. A Isabel e o Miguel não desistiram e foram perguntar à professora. A professora explicou que não ia ser ela a dizer, mas eles é que teriam de descobrir, tentando desvendar mistérios, enigmas, seguindo pistas, respondendo a perguntas e usando sempre o pensamento. Entretanto, a professora leu um enigma com um tom de voz misterioso:

- Para saberem o que é a Filosofia, pelos corredores terão de andar para o caminho encontrar!

Com tantos mistérios os colegas começaram a ficar intrigados e quiseram embarcar nesta aventura de descoberta com a Isabel e o Miguel.   

Enquanto caminhavam pelos corredores, muito atentos para tentarem encontrar pistas, à frente deles abre-se um portal mágico com um grande ponto de interrogação verde. Entraram e parecia que tinham sido teletransportados para algum lugar do Mundo, onde eles só eram espectadores e não atores, conseguiam ver tudo o que se passava, mas não conseguiam interferir. Eles estavam, ao que parecia, numa escola; começaram a ouvir duas meninas a discutir. Aproximaram-se e começaram a ouvir a discussão.

- Já te disse que não gosto de brincar contigo. (disse a Francisca)

- Eu também não! (respondeu a Inês)

- Não suporto que estejas à minha beira! (Exclamou a Francisca)

- E achas que eu gosto!? A professora é que me colocou no teu grupo, não foi uma escolha minha! (Reclamou a Inês)

As meninas continuaram a discutir, cada vez mais alto e mais zangadas, até que não se aperceberam e de repente caíram num buraco escondido no jardim da escola. Era um buraco muito grande e elas não conseguiam sair, começaram a gritar a pedir socorro, mas como o buraco tão fundo as pessoas não as conseguiam ouvir. Então a Inês teve uma ideia!

- Bem, para nós sairmos daqui temos de trabalhar em equipa. (disse a Inês)

- Se não há outra solução! Mas, só por esta vez! (respondeu a Francisca)

- Vamos escavar por este lado, acho que a saída é por aqui. (disse a Inês)

- Eu acho que devemos escavar deste lado, porque a saída, claro que é por aqui! (respondeu a Francisca cheia de razão).

Então, como não chegaram a acordo, uma escavou por um lado e a outra escavou pelo outro. Depois de tanto escavar descobriram que a saída nem era para um lado nem era pelo outro. Sentaram-se desiludidas e sem saber o que fazer. De repente uma luz muito forte vinda do Sol iluminou o buraco e as meninas tiveram a mesma ideia!

- Vamos pegar nas pedras e espetar na terra…

- Sim, para conseguirmos escalar!

- Que boa ideia!

- Concordo, vamos lá pôr as mãos ao trabalho!

Assim, pegaram em várias pedras e enquanto a Francisca, como tinha mais força, espetava as pedras na terra e a Inês ia-lhe passando as pedras, tendo em atenção a forma e o tamanho das pedras. Quando terminaram conseguiram escalar e sair do buraco. Quando chegaram ao cimo viram que se trabalhassem em equipa conseguiam tudo o que queriam. A partir desse dia tornaram-se grandes amigas.

De repente os alunos sentem-se a serem puxados, estavam de novo no corredor da escola e o portal desapareceu.

- Já compreendo um pouco de que trata a Filosofia. (disse o Miguel)

- Sim, não devemos achar que somos melhores do que os outros e que temos sempre razão. (respondeu a Laura, a menina mais loira da turma)

- Trabalhamos melhor em equipa, conseguimos alcançar os nossos objetivos. (disse o Rui).

- Não devemos discutir uns com os outros, mas sim tentar argumentar e chegar a um consenso. (disse a Maria)

- Devemos saber colocarmo-nos no lugar dos outros. Tanto a Francisca como a Inês só sabiam ver o seu ponto de vista e isso só as prejudicava, quando se começaram a respeitar perceberam que não valia a pena estarem sempre zangadas uma com a outra, porque só se estavam a magoar mutuamente.



Fim!

Conto Filosófico da autoria dos alunos do 4.º ano, turma A, do Colégio Casa-Mãe, no ano letivo 2018/2019:

Ana Monteiro; André Matos; Carlos Sousa; Carolina Campos; Catarina Ferreira; Catarina Martins; Daniel Moreira; Dinis Cerdeira; Gonçalo Garcez; Guilherme Vasconcelos; Inês Teixeira; Inês Magalhães; Íris Ferreira; Joana Martins; Joana Vieira; João Amaro; João Pinho; João Ribeiro; Sofia Lascasas; Tiago Cordeiro; Alberto Barbosa.

Em colaboração com a Professora de Filosofia Mónica Grifo.

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