Será que somos livres?


Será que somos livres?

          Na atualidade, um tema muito discutido por todos é se o homem é livre, por isso é que falamos de livre-arbítio que tem como significado de o ser humano ser livre, já que o livre-arbítio defende a possibilidade de escolher e agir e de seguir um certo curso de ação ou outro.

          A pergunta “Será que o homem é livre?”, tem muitas opiniões diferentes. Este assunto na atualidade é muito falado, pois as pessoas têm opiniões diferentes sobre o mesmo assunto. E é disso que vamos falar neste ensaio.

Na minha opinião, o homem não é livre, porque o mundo é determinado, então o homem não é dotado de livre-arbítio. Logo o determinismo radical é uma teoria incompatibilista, porque rejeita o livre arbítrio e afirma que tudo no universo é constituído por partículas que obedecem a leis causais invariáveis, porque tudo o que acontece está pré-estabelecido e por isso nenhuma das nossas ações é livre. Assim, há uma ligação necessária entre os efeitos e os acontecimentos que os procedem. Esta conceção é herdeira do modelo determinista que considera o universo uma máquina perfeita submetida a leis. Esta ideia vinda da perspetiva de Laplace não dá espaço para uma vontade livre capaz de se autodeterminar. As nossas escolhas fazem parte do encadeamento causal do mundo natural e deste modo o comportamento do homem é constrangido e previsível.

Como esta teoria afirma que cada acontecimento do universo é causado por um acontecimento precedente, as nossas ações ao fazerem parte dos acontecimentos do universo são também determinadas, por causas antecedentes. A teoria nega a existência de livre arbítrio dizendo que o homem está sujeito às mesmas leis que os fenómenos físicos, então considera que a conceção física do mundo é incompatível com a vontade de ser livre.

Como o determinismo radical defende que nenhuma ação é livre, então uma das objeções a esta teoria consiste na total ausência de responsabilidade individual e de moralidade nas nossas ações.

Uma objeção ao determinismo radical consiste na total ausência de responsabilidade individual e de moralidade nas nossas ações. Outra crítica ao determinismo radical consiste na inexistência de sentimentos como os remorsos, o orgulho ou mesmo a vergonha, uma vez que esta teoria pressupõe que não temos o controlo sobre as nossas ações. A questão é que temos dificuldade em abandonar a crença de que somos conscientes e livres. Acreditamos que controlamos as ações e deliberamos de forma consciente para escolhermos o que queremos voluntariamente. Rejeitar a liberdade e a responsabilidade, como fazem os deterministas, radicais é recusar a moralidade das ações.

Em suma, o homem não é livre, porque o mundo é determinado, então o homem não é dotado de livre-arbítio.

Rodrigo Ferreira, n.º 11, 10.º A_Colégio Casa Mãe

2019/2020





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